Historicamente, o conservadorismo
é uma marca distintiva da Igreja Católica, que se dedica a preservar e
transmitir sua doutrina e ensinamentos religiosos ao longo dos séculos. A
Igreja, como instituição, tem a função essencial de manter vivos os valores e
princípios estabelecidos pela sua teologia e magistério, embora se adapte de
maneira gradual às transformações sociais e culturais.
O Colégio Cardinalício, majoritariamente
conservador, reflete essa natureza histórica. Dada a necessidade de dois terços
dos votos para a eleição de um Papa, é evidente que um Papa com ideais
comunistas, como muitos erroneamente interpretam, jamais seria escolhido para
liderar a Igreja Católica.
O Papa Francisco, assim como seus
antecessores, tem sua lealdade voltada primeiramente para os ensinamentos
católicos. Estes incluem uma ampla gama de documentos sociais e encíclicas que
abordam justiça social, dignidade humana e equidade, princípios que compõem a
Doutrina Social da Igreja. Essa doutrina não se alinha com o comunismo ou
outras ideologias políticas. Ela propõe uma reflexão ética sobre como os
católicos devem abordar questões de justiça e bem-estar social à luz da fé
cristã. Por essa razão, Francisco frequentemente critica a desigualdade social
e o consumismo, além de denunciar sistemas que não respeitam a liberdade
religiosa e a dignidade individual — aspectos que historicamente o comunismo nem
sempre abraçou.
As diferenças entre comunismo e
cristianismo são profundas, especialmente quando consideramos a compreensão da
existência de Deus. Não discernir essas divergências é resultado não apenas de
uma falta de conhecimento sobre o comunismo, mas, principalmente, de uma
deficiência na compreensão dos fundamentos dos ensinamentos de Cristo.