Desde tempos imemoriais, questionamentos como "De onde viemos?" e "Para onde vamos?" capturam a imaginação humana. A investigação sobre a origem da vida é tão antiga quanto nossa própria história. Essa jornada espelha a curiosidade intrínseca do homem em desvendar sua existência e o universo.
Na Pré-História, mitos surgiram para dar sentido à criação. A
Idade Média europeia favoreceu a narrativa bíblica da criação divina,
destacando o homem como coroa da criação, à imagem de Deus. Para os ufólogos, a
vida na Terra é resultante das visitas de extraterrestres.
Na ciência moderna, a Teoria da Evolução Química, aceita
desde 1924, postula que a vida derivou de reações químicas há cerca de 3,5 a 4
bilhões de anos.
Esta semana, um artigo, publicado na respeitadíssima “Nature”,
apresentou análise das amostras do asteroide Bennu, revelando compostos
orgânicos essenciais, como 14 aminoácidos e bases do DNA — adenina, guanina,
citosina e timina —, além de minerais que sugerem a presença de água. A sonda
Osiris Rex, da NASA, lançada em 2023, coletou aproximadamente 120 gramas de
material de Bennu, um asteroide que orbita próximo à Terra a cada seis anos.
Essas descobertas reforçam a hipótese de que asteroides
podem ter trazido água e compostos orgânicos vitais à Terra, fundamentais para
o surgimento dos oceanos e da vida, em uma época de intensos bombardeios no
início do Sistema Solar.
Embora haja divergências nas interpretações sobre a origem da vida terrestre, uma ideia converge: a vida, de alguma forma, veio do Céu.