quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Celular nas Escolas proibido e o perigo à vista

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou por unanimidade um projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas no estado. Essa decisão gerou grande repercussão nacional e abriu um debate na Câmara dos Deputados sobre a possibilidade de estender a proibição para todo o país.

Ainda é cedo para avaliar a eficácia dessa medida, dada a já consolidada tendência de uso excessivo de tecnologia em todas as faixas etárias.

Contudo, se a lei for bem-sucedida, podemos imaginar várias consequências: um aumento significativo nas interações face a face entre alunos, o resgate de brincadeiras e costumes que haviam caído no esquecimento, uma redução na postura de cabeça baixa que pode causar lesões na coluna cervical, um incentivo ao uso de linguagem completa em vez de abreviações digitais, um estímulo ao olhar atento para a natureza e outros detalhes do mundo ao redor, e até mesmo um retorno às formas tradicionais de paquera e relacionamento pessoal.

Essa alteração pode, em um primeiro momento, mascarar um risco considerável. Ao se reintegrarem ao ambiente real, os estudantes têm a oportunidade de redescobrir a beleza das interações humanas presenciais, em um retorno ao estilo de vida das gerações anteriores. Tal fenômeno configura um possível desafio para as redes sociais, que podem enfrentar uma redução de sua influência predominante, à medida que os jovens se dedicam mais às vivências fora do ambiente digital. Será que essa tendência pode vir a influenciar também as faixas etárias mais elevadas?