Um estudo recente, publicado nesta segunda-feira, 11 de novembro de 2024, na prestigiosa revista "Nature Geoscience", revela que o aquecimento global causado pelas atividades humanas atingiu um ponto crítico: a marca de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram
amostras de gelo extraídas do coração das geleiras antárticas. Essas amostras
contêm bolhas de ar que preservam um registro histórico do nível de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, permitindo uma correlação precisa entre a
concentração deste gás e as mudanças na temperatura global ao longo dos últimos
milênios.
Se nenhuma medida for tomada para reverter essa tendência,
enfrentaremos uma série de consequências devastadoras, incluindo ondas de calor
intensas, secas prolongadas e incêndios florestais mais frequentes, tempestades
severas e inundações, comprometimento da biodiversidade e dos ecossistemas,
elevação do nível do mar, declínio na produtividade agrícola, impactos
significativos na saúde humana, deslocamento forçado de populações e
agravamento de conflitos, além de prejuízos econômicos substanciais.
Diante desse cenário alarmante, a pergunta que fica é:
estaremos dispostos a permanecer inativos?