Boas notícias nem sempre chegam a Itapira. Em maio, a taxa de desemprego recuou para 7,1%, o nível mais baixo desde janeiro de 2015. No ano passado, a massa salarial cresceu 11,7% acima da inflação. Que assim continue, pois nada é melhor do que a geração de emprego e renda para os brasileiros.
O país alcançou um recorde
histórico em 2023, com 100,7 milhões de profissionais ocupados. Após retomarmos
o nível pré-pandemia em 2022, o mercado continuou a se expandir, apesar da
gastança federal desenfreada e da taxa de juros estratosférica (SELIC).
A notícia poderia ser ainda
melhor se Itapira conseguisse acompanhar, ao menos de perto, a tendência
nacional e estadual na geração de emprego e renda. Ao buscar informações no
site do CAGED, sistema que oferece dados sobre trabalhadores contratados sob regime
CLT no Brasil, observo Itapira, novamente, não aproveitando os bons ventos da
geração de emprego. Segundo o CAGED, entre dezembro de 2023 e abril de 2024, o
Brasil registrou um crescimento de 2,077%, enquanto o estado de São Paulo
cresceu 2,105%. No mesmo período, Itapira não passou de 1,05%.
Como bem esclarecem os
especialistas, quanto mais pessoas empregadas, maior é a soma dos salários
recebidos. O aumento da massa salarial está relacionado com o PIB, que mede o
desempenho da atividade econômica. Em resumo, quanto mais pessoas com dinheiro
no bolso todos os meses, mais a economia de uma cidade gira: o comércio se
movimenta, o setor de serviços comemora, a arrecadação aumenta, todo mundo
ganha.
O Banco Central recentemente
elevou a projeção do PIB de 1,9% para 2,3%. O Banco Mundial aumentou sua
estimativa de 1,5% para 2%, e o FMI elevou de 2,1% para 2,2%. É possível
estabelecer uma comparação: o crescimento de empregos com carteira assinada informados
pelo CAGED mostra as taxas do Brasil e do estado de São Paulo equiparadas às
projeções do PIB para 2024, contrastando com a taxa de Itapira 50% abaixo.
Esse é um grande desafio para o
próximo prefeito. Itapira precisará implementar um programa desenvolvimentista
robusto e reverter o atual quadro o mais rapidamente possível.
Como diz o velho ditado: dinheiro
não aceita desaforo!