A esquerda emergiu no final do século XVIII com as lutas
trabalhistas e foi impulsionada por ideias socialistas e comunistas, levando à
formação de partidos trabalhistas. No século XX, o socialismo e o comunismo
tiveram grande impacto global, mas a Guerra Fria polarizou a disputa entre
esquerda e direita. Com a ascensão do neoliberalismo nos anos 70 e 80, muitas
nações ocidentais enfrentaram crises econômicas, fazendo com que a esquerda
adotasse políticas de centro-esquerda e social-democracia para se adaptar à
nova realidade.
Hoje, a dicotomia entre esquerda e direita é mais complexa,
com várias vertentes que variam em radicalismo, moderação e combinações de
ideias. Em março deste ano, o IPEC perguntou: “Na política, as pessoas falam
muito em ser de esquerda ou de direita. Numa escala onde 0 significa esquerda e
10 significa direita, como você se considera?” Os resultados foram: 18% se
consideraram de esquerda, 28% de centro e 41% de direita. Em 2020, uma pesquisa
semelhante mostrou que 17% se diziam de esquerda e 39% de direita.
Tecnicamente, pouca coisa mudou. Contudo, um ponto chamou a atenção: entre os
eleitores de Lula nas últimas eleições, 27% se consideraram de direita,
indicando que as urnas não refletiram uma vitória estritamente dos eleitores de
esquerda.
Enquanto os extremos, direita e esquerda, se esforçam para
se manterem fiéis às suas tendências, o grupo intermediário, centro-direita e
centro-esquerda, dependendo dos candidatos, pode migrar para o outro lado. Em
eleições apertadas, é esse grupo que define o resultado. O fiel da balança!
Continua...
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