Recentes estudos no âmbito do
Universo observável sugerem a existência de pelo menos 2 trilhões de galáxias.
Considerando que a nossa Via Láctea abriga cerca de 100 bilhões de planetas,
podemos imaginar a existência de mais de 100 sextilhões de planetas em nosso
vasto universo. Essa magnitude alimenta a crença de que ao longo do tempo,
outros planetas podem ter desenvolvido condições propícias à evolução de seres
vivos.
Apesar da busca incessante por
evidências científicas conclusivas sobre a existência de vida extraterrestre,
até o momento não as temos, não por falta de empenho e investimentos. As
investigações envolvem a análise de exoplanetas em zonas habitáveis, indicando
a possibilidade de existência de água líquida. Missões espaciais exploram luas
em nosso próprio sistema solar, com oceanos subsuperficiais que podem abrigar
formas de vida microbiana.
A busca pela descoberta de vida
extraterrestre é motivada pela convicção de que, uma vez comprovada, será um
marco sem precedentes, alterando completamente nossa compreensão do universo.
A procura por vida inteligente
fora da Terra remonta a milênios, mas era no olhômetro. Há aproximadamente 50
anos, iniciamos investigações científicas usando radiotelescópios para procurar
sinais do espaço, avançando com telescópios avançados e algoritmos
sofisticados. Recentemente, a respeitada revista científica Astronomical
Journal publicou um novo método chamado Elipsoide SETI, destinado a rastrear
possíveis assinaturas tecnológicas de vida extraterrestre. A ideia é baseada na
premissa de que civilizações avançadas poderiam usar eventos astronômicos, como
explosões estelares, como atalhos para enviar mensagens.
Em resumo, a supernova SN 1987A,
que ocorreu há cerca de 200.000 anos na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia
vizinha à Via Láctea, é o ponto focal do projeto Elipsoide SETI. Ao fixar a
localização da Terra e da SN 1987A, os cientistas traçaram uma área em forma de
ovo, na esperança de que civilizações mais avançadas pudessem utilizar a luz
gerada pela explosão para enviar sinais. Essa técnica permitiria que uma
eventual mensagem intergaláctica viajasse à velocidade da luz.
Apesar da complexidade dessa
abordagem, a humanidade nunca teve tantos recursos científicos à disposição
para procurar vida extraterrestre. Com esse projeto, agora temos um espaço
delimitado para essa missão. Quem sabe, talvez tenhamos mais sorte!