segunda-feira, 19 de agosto de 2024

A urna não é privada!

A visão que cultivamos sobre os políticos brasileiros é desalentadora. Práticas como corrupção, falta de transparência e prevalência de interesses individuais parecem ser predominantes.

Os políticos não brotam do nada. Nós os escolhemos e elegemos, sejam de direita, esquerda ou centro. E mais do que isso, muitos conseguem ser reeleitos repetidas vezes. Talvez seja hora de reconhecer que uma parcela da responsabilidade é nossa. Onde foi que erramos?

Os candidatos surgem do nosso próprio meio. Não é possível acreditar que a maioria da população tem o mesmo perfil e produza amostras tão desqualificadas. Há políticos que merecem a nossa confiança, mas é minoria. Precisamos ter maioria!

A corrida eleitoral municipal começou. Os candidatos buscarão o nosso voto. Existe um ditado que afirma que aprendemos com os nossos erros. Se erramos, aprendemos? Talvez esta eleição possa marcar uma virada. Ao escolher um candidato, o histórico é importante, assim como suas declarações, seus gestos e suas ações. Ajuda, mas não é suficiente.

O candidato a prefeito deve apresentar propostas sólidas, voltadas para o bem-estar da comunidade. Ele tem planos para melhorar a saúde pública? Possui estratégias para promover emprego e renda? A educação é uma de suas prioridades? Não basta ter boas intenções. Deve passar confiança e ser qualificado para o cargo.

O cargo de vereador costuma ser a entrada na política, por isso, a escolha deve ser ainda mais cuidadosa. As ideias do candidato são consistentes? Sua história de vida corrobora com o que afirma? Suas propostas são viáveis? Sabe o que é ser vereador?

A nossa responsabilidade não termina no voto; é necessário acompanhar e cobrar.

Em última análise, a urna não é privada, é pública. Nossa decisão é individual, mas a soma dos votos tem impacto sobre todo mundo. Talvez um dia possamos ter orgulho dos nossos políticos, e nesse dia, também teremos orgulho de nós mesmos.

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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

O PT é Maduro, mas não está maduro

 

Partidos políticos, candidatos e cidadãos têm a liberdade de expressar suas opiniões dentro dos parâmetros estabelecidos pela Constituição. O público é livre para julgar, concordar ou discordar. Aqueles que proferem absurdos, enfrentam as consequências.

O PT tem o direito de se identificar com governos de esquerda ao redor do globo. Da mesma forma, outros partidos podem se aliar a governos direitistas mundiais.

Regidos pela Constituição, o Brasil orienta suas relações internacionais pelos princípios da não-intervenção, autodeterminação dos povos, cooperação internacional e solução pacífica de conflitos. Somos um país que aspira ao crescimento econômico e, nessa busca, países amigos são sempre bem-vindos.

Entretanto, manter relações cordiais com outras nações não significa endossar ou aprovar práticas que rejeitaríamos em solo pátrio, como golpes, terrorismos, invasões ou atos antidemocráticos. O governo venezuelano, no poder há 11 anos, tem se mantido à frente por meio de estratégias questionáveis: silenciou a imprensa livre, remodelou a composição do Tribunal Supremo de Justiça, cooptou deputados, favoreceu o alto comando militar, criou milícias e controlou órgãos públicos, colocando aliados estratégicos, inclusive no Conselho Nacional Eleitoral.

Desde o anúncio das eleições, várias irregularidades foram reportadas, da exclusão de candidatos da oposição até a desconvocação de observadores internacionais. Sem a apresentação das atas eleitorais, o potencial para manipulação é significativo. Maduro, assume o posto de ditador, empregando todos os meios possíveis para se manter no poder de um país economicamente devastado. Há razões de sobra para que os venezuelanos anseiem por mudanças.

O Brasil almeja e necessita manter sua posição de liderança na América do Sul, com diversos interesses em comum com a Venezuela, especialmente pela extensa fronteira e a floresta amazônica. Lula e o PT podem preservar a amizade com Maduro, mas não devem desejar para os venezuelanos o que não aceitamos para nós: a ausência de democracia e o desrespeito à vontade da maioria.

O PT está em xeque. Madurar ou amadurecer.

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