Na história da humanidade, a barbárie é presente desde o princípio dos tempos. A morte matada, tão costumeira, fazia (e ainda faz) a vida valer absolutamente nada. Por muitos anos, a maioria das pessoas a perdia antes de meio século. A matança não faz parte do desejo animal de assassinar pessoas, como muitos pensam. Faz parte, da falta de respeito humano que leva ao desrespeito à vida. Melhoramos, no entanto.
Com o passar do tempo, o respeito ao próximo evoluiu, em séculos a fim. Um dos impulsionadores foi o mandamento de Cristo que diz "amem-se uns aos outros como eu os amei". Evoluiu lentamente, à medida em que os que se diziam cristãos percebiam que não respeitar o outro era o mesmo que não acreditar que Cristo nos amou, também, em interpretação literal do referido mandamento. Conquistamos, quase todos, o condão da civilidade.
A maioria dos cristãos descobriu que ao faltar com respeito ao próximo era o mesmo que renegar o cristianismo. Os seres humanos e civilizados, religiosos ou não, começaram a refletir sobre as próprias convicções, de qualquer natureza, e perceberam que aquele que não é um “maria-vai-com-as-outras” sabe respeitar as convicções alheias, as diferenças, as individualidades...
Quem constrói convicções sólidas, sabe que elas não caem do céu, que não se instalam num piscar de olhos, por isso, diante das diferenças de pensamento, somente este consegue entender e respeitar as convicções alheias. Questão de conhecimento, experiência e segurança.
Quando respeitamos o outro, apesar das eventuais discordâncias, veneramos a vida que faz sentido: não acreditamos piamente estar sempre certos ou com razão total, não nos colocamos acima de ninguém, não matamos, não desqualificamos, não segregamos, não escravizamos, não exploramos, não inferiorizamos, não rejeitamos, não desprezamos...
Reconhecemos que somos iguais, as diferenças são características da individualidade. Empatia presente. Coisa de gente!