Há quem argumente que o povo brasileiro carece de habilidade para votar adequadamente. Alguns afirmam que o eleitor opta por candidatos em troca de pequenos favores, que parecem significativos diante da escassez de benefícios proporcionados pelos poderes constituídos. Outros juram que, apesar do eleitor tentar escolher o melhor, ele acaba caindo nas armadilhas retóricas e tendenciosas dos políticos tradicionais ou dos oportunistas. Por fim, há aqueles que sustentam que o voto não é tão ingênuo quanto parece, mas sim reflexo de uma identificação do eleitor com candidatos que espelham sua própria visão, como se dissessem: "se eleito, faria exatamente o mesmo!".
Essa última perspectiva, caso verdadeira, revela uma
sociedade desvinculada do conceito fundamental de buscar e aprimorar o bem
comum. Historicamente, observa-se pouca evolução na qualidade das escolhas
eleitorais, com indícios de uma piora progressiva. O atual Congresso é um
exemplo de calamidade.
Admitindo que escolher um representante legislativo é uma
tarefa complexa, na qual só percebemos nossos erros quando os escândalos vêm à
tona, temos uma base sólida para negar nosso valioso voto nas eleições de 2026.
Vejamos:
Candidatos à reeleição que outrora condenavam a corrupção
com veemência, criticavam o uso indevido de verbas públicas, repudiavam as
ações do crime organizado, defendiam que "bandido bom é bandido
morto" e reclamavam de perseguição judicial por uso inadequado de emendas
parlamentares, mostraram a verdadeira face ao votar SIM pela aprovação da PEC
da BLINDAGEM. Essa atitude expõe a hipocrisia de seus discursos e evidencia que
não merecem continuar como nossos representantes.
Embora negar o voto a tais candidatos não garanta acertos
nas escolhas, é uma maneira clara e contundente de afirmar que não somos tolos.
É hora de demonstrar que o eleitorado brasileiro pode, sim, discernir entre
discurso e ação, e que não tolerará mais a indecência e a falta de compromisso
com o bem comum.
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