Após ler e reler o item principal da Nota Oficial sobre a coleta de lixo — publicada pela Prefeitura na semana passada —, fiquei perplexo. Como é possível?
Transcrevo o trecho em questão: "Dos quatro
caminhões da empresa atualmente responsável pelo serviço, apenas dois estão em
funcionamento. Os demais estão parados devido a problemas mecânicos, sem
previsão de retorno pela contratada."
Será que a empresa contratada possui apenas quatro
caminhões? Como foi aprovada em um contrato público nessas condições?
Ninguém exigiu um plano para situações de pane mecânica?
O que significa "sem previsão de retorno"? Não há
oficinas em Itapira capazes de fornecer um prazo mínimo?
Por que a Prefeitura permite que a empresa trate o município
com tamanho descaso, sem penalidades ou soluções ágeis?
Quem elaborou e aprovou esse contrato?
O pior! Essa mesma empresa — ou seus responsáveis sob
outra razão social — pode voltar a
prestar serviços na cidade (ou em outras), com a conivência da administração
municipal, repetindo os mesmos erros. O que está por trás disso?
Falhas constantes, caminhões quebrados, sem perspectiva de
conserto, escancaram incompetências gritantes. Como evitar que novos contratos
perpetuem esse ciclo? Quem poderá nos defender?
A coleta de lixo é um serviço essencial de saúde
pública. Sua falha: atrai vetores de doenças (ratos, mosquitos); contamina
solo, água e ar; coloca em risco a saúde dos coletores e deixa a cidade com
aparência negligenciada — suja, malcheirosa e abandonada.
Até quando Itapira tratará o lixo como um
problema qualquer?