quinta-feira, 29 de dezembro de 2022
sábado, 24 de dezembro de 2022
sábado, 17 de dezembro de 2022
Bella Ciao
Perdoem-me os discordantes, mas não renuncio à democracia. Quem ama a liberdade, na mais ampla acepção da palavra; quem venera o direito de ser como é; quem valoriza as próprias escolhas; quem não abre mão do ir e vir; quem quer saber sobre tudo o que afeta a sua vida, de seus familiares, de seus amigos e da sua comunidade; quem é respeitador das leis que regem o país ou quem, em caso de eventuais discordâncias, almeja ou batalha, do jeito certo, para as devidas correções; não pode e não deve, também, renunciar à democracia, por mais que uma proposta alternativa se apresente extremamente sedutora.
Nunca haverá uma proposta que, depois de implementada, atenda as necessidades e gostos de todos, simplesmente, por não existir essa possibilidade. A inteligência nos diferencia. A democracia, pode, com participação efetiva, levar qualquer proposta a chegar perto da maioria. Nunca uma ideia afeita à minoria fará um país prosperar, a ser feliz, a se orgulhar.
A nossa democracia ainda é frágil, é jovem, não está consolidada, vivemos em uma democracia incompleta quando nos deparamos com as desigualdades sociais, com as diferenças de oportunidades, com as saraivadas de preconceitos atormentantes... A democracia é uma conquista que depende de defesa firme e de batalhas constantes, da manutenção e ampliação dos direitos conquistados, da garantia de participação ampla, da imprensa livre, dos ouvidos atentos dos nossos legisladores, da sintonia e competência dos governantes, do respeito às instituições e ao poder judiciário e, fundamentalmente, do nosso olhar crítico e cobrador.
Permanece viva a frase atribuída a Winston Churchill: a democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as demais. Viva a democracia!