terça-feira, 26 de setembro de 2023

O futuro de Itapira depende de nós!


O tempo voa. Daqui a um ano vamos escolher o prefeito que governará Itapira por mais quatro anos a partir de 2025. Será que essa escolha merece ser impensada, deixada para a véspera?

Há boatos sobre possíveis candidaturas. Como se vê, os políticos não dormem no ponto. Desde já eles planejam, querem ficar conhecidos, arregimentam correligionários e cabos eleitorais, trabalham as promessas, marcam presença nas festas públicas e redes sociais, fazem pequenas reuniões nos bairros e adotam as tradicionais posturas pessoais de candidatos, sempre rindo, sempre cumprimentando as pessoas etc. E nós eleitores, vamos deixar a onda nos levar até quando?

A palavra “idiota” nasceu na Grécia antiga e era usada para identificar as pessoas que se preocupavam apenas com o próprio umbigo, com a sua casa e família e deixavam as questões coletivas ao Deus dará. Para os gregos, quem não se importava com o bem comum colocava a si mesmo e os seus na escuridão do futuro. Todo mundo precisava participar da vida política. Aristóteles (384-322 a.C) cunhou a frase “O Homem é uma animal político”, por ser, o homem, um sujeito social que, por natureza, precisa pertencer a uma coletividade.

O tempo foi passando e a palavra idiota derivaria para falta de inteligência ou de bom senso; estúpido, imbecil, tolo... Há quem afirme que o sentido atual é um complemento do original!

Voltando às eleições do ano que vem. A escolha do próximo prefeito não é uma tarefa fácil, como aquelas que a gente decide num piscar de olhos. Não deve imperar, por exemplo, a amizade, a cara de bom moço, as palavras bonitas... Então, fiquemos de olho:

Na plataforma: como o candidato aborda questões fundamentais como saúde, educação, economia, meio ambiente e segurança. Ele demonstra habilidades de gestão e de administração nas operações municipais como serviços públicos, infraestrutura, planejamento urbano, orçamento, cultura. Ele tem ideias para atrair investimentos, para gerar empregos e promover o crescimento econômico da cidade?

Na resiliência: o candidato apresenta competência e habilidades para lidar com crises repentinas, diante dos tantos possíveis desafios inesperados?

No compromisso social: o candidato compartilha sensibilidade para entender os problemas urgentes da população para melhorar a qualidade de vida, para investir em habitação acessível, parques e áreas verdes, segurança, transporte público e serviços de saúde?

Na liderança: O candidato se mostra com liderança forte e habilidade para as tomadas de decisões?

No prestígio: como sabemos que o sistema federativo brasileiro coloca os municípios na dependência de recursos externos, o candidato tem caminhos para chegar aos altos escalões das esferas estadual e federal?

Obviamente, essa escolha, não é uma tarefa fácil. Nem poderia ser. Dela depende o futuro da nossa cidade, o futuro das próximas gerações. Não se preocupar com ela é um gesto egoísta, um tiro no pé. Começar a pensar no assunto, o quanto antes, ajuda bastante.

O voto sempre foi e sempre será muito importante, não se resume ao dia da votação. São três momentos distintos: o antes (a escolha), o durante (o dia da eleição) e o depois (o acompanhamento e a cobrança).

É comum ouvirmos elogios à qualidade de vida oferecida pelos chamados países desenvolvidos em comparação ao Brasil. Não custa lembrar: os benefícios que hoje eles oferecem são resultantes das boas escolhas e acompanhamentos dos seus respectivos povos. Não existe governo bom, com povo ruim. Nem governo ruim, com povo bom. E não se engane, tudo começa no município!