O tempo voa. Daqui a um ano vamos escolher o prefeito que governará Itapira por mais quatro anos a partir de 2025. Será que essa escolha merece ser impensada, deixada para a véspera?
Há boatos sobre possíveis
candidaturas. Como se vê, os políticos não dormem no ponto. Desde já eles planejam,
querem ficar conhecidos, arregimentam correligionários e cabos eleitorais,
trabalham as promessas, marcam presença nas festas públicas e redes sociais, fazem
pequenas reuniões nos bairros e adotam as tradicionais posturas pessoais de
candidatos, sempre rindo, sempre cumprimentando as pessoas etc. E nós eleitores,
vamos deixar a onda nos levar até quando?
A palavra “idiota” nasceu na
Grécia antiga e era usada para identificar as pessoas que se preocupavam apenas
com o próprio umbigo, com a sua casa e família e deixavam as questões coletivas
ao Deus dará. Para os gregos, quem não se importava com o bem comum colocava a
si mesmo e os seus na escuridão do futuro. Todo mundo precisava participar da
vida política. Aristóteles (384-322 a.C) cunhou a frase “O Homem é uma animal
político”, por ser, o homem, um sujeito social que, por natureza, precisa
pertencer a uma coletividade.
O tempo foi passando e a palavra
idiota derivaria para falta de inteligência ou de bom senso; estúpido, imbecil,
tolo... Há quem afirme que o sentido atual é um complemento do original!
Voltando às eleições do ano que
vem. A escolha do próximo prefeito não é uma tarefa fácil, como aquelas que a
gente decide num piscar de olhos. Não deve imperar, por exemplo, a amizade, a cara
de bom moço, as palavras bonitas... Então, fiquemos de olho:
Na plataforma: como o
candidato aborda questões fundamentais como saúde, educação, economia, meio
ambiente e segurança. Ele demonstra habilidades de gestão e de administração
nas operações municipais como serviços públicos, infraestrutura, planejamento
urbano, orçamento, cultura. Ele tem ideias para atrair investimentos, para
gerar empregos e promover o crescimento econômico da cidade?
Na resiliência: o candidato
apresenta competência e habilidades para lidar com crises repentinas, diante
dos tantos possíveis desafios inesperados?
No compromisso social: o
candidato compartilha sensibilidade para entender os problemas urgentes da
população para melhorar a qualidade de vida, para investir em habitação
acessível, parques e áreas verdes, segurança, transporte público e serviços de
saúde?
Na liderança: O candidato
se mostra com liderança forte e habilidade para as tomadas de decisões?
No prestígio: como sabemos
que o sistema federativo brasileiro coloca os municípios na dependência de
recursos externos, o candidato tem caminhos para chegar aos altos escalões das
esferas estadual e federal?
Obviamente, essa escolha, não é
uma tarefa fácil. Nem poderia ser. Dela depende o futuro da nossa cidade, o
futuro das próximas gerações. Não se preocupar com ela é um gesto egoísta, um
tiro no pé. Começar a pensar no assunto, o quanto antes, ajuda bastante.
O voto sempre foi e sempre será muito
importante, não se resume ao dia da votação. São três momentos distintos: o
antes (a escolha), o durante (o dia da eleição) e o depois (o acompanhamento e
a cobrança).
É comum ouvirmos elogios à
qualidade de vida oferecida pelos chamados países desenvolvidos em comparação
ao Brasil. Não custa lembrar: os benefícios que hoje eles oferecem são
resultantes das boas escolhas e acompanhamentos dos seus respectivos povos. Não
existe governo bom, com povo ruim. Nem governo ruim, com povo bom. E não se
engane, tudo começa no município!